Ocidental sofre...

As coisas estão a compor-se pela china, mas o trabalho parece cerejas. Quando se puxa uma coisa aparecem logo mais 3 ou 4 agarradas.

E claro, a eficiência destes tipos é algo de bradar aos céus. Hoje fui a outro banco, e tive mais uma lição de sapiência sobre profissionalismo e organização no trabalho.

Ao final da tarde, quando a paciência já está para lá de esgotada, tive uma reunião com uma empresa de contabilidade. Empresa mesmo, porque vieram 3, e eles não devem ser mais do que isso. 

Parecia um grupo de GNR's (essas camelos que me multam frequentemente) o que sabe ler, o que sabe escrever e o que gosta de andar com intelectuais.... 

Ali era a que falava inglês, o que extorquia dinheiro em chinês, e a que gosta de andar com intelectuais, não abriu a boca nem para bocejar. Pois bem, estes tipos achavam que por sermos estrangeiros éramos lorpas e que eles iam pagar todos os vencimentos da empresa só com a nossa avença. 

Não contente, o artista disse que isto era o mínimo para aquela quantidade de trabalho, até agora é ridiculamente pouco, e que se o trabalho aumenta-se, teria de subir o preço, mas nunca explicou como aumentava o preço nem como era medido o aumento de trabalho. Isso seria negociado depois. 

Mas isto de ser ocidental também tem coisas boas. Hoje por exemplo no restaurante do hotel do lado, não só passei à frente de uns 30 chinocas, como tive direito a uma sala para 15 pessoas quando éramos apenas 3. E mais impressionante, só disse um palavra em inglês" room" tudo o resto foi em português. ( estavam à espera que fosse chinês, não????)

Fui contactado hoje, quase um mês depois e pela primeira vez, pelo AICEP de Shanghai, aparentemente ainda à gente viva nesta instituição. O mesmo não se pode dizer em Lisboa...