terça-feira, 1 de setembro de 2009

Zhuhai Day 6

Mais uma manhã, mais uma ida ao banco....


Primeiro saber se têm banco online, primeira resposta: Não!!!!
Uma vez mais confirma a teoria que diz " Os chineses nunca dizem não".
Lá expliquei à criatura que o BoC tem online banking, aliás eu utilizo não só em Macau como em Shaoxing. Afinal sempre tinham!!!!! ( Isto não é de lhes ir à tromba????)

Então e o que é preciso para abrir uma conta?

BoC: Ahh, isso é preciso a licença.
Nós: Estamos a tratar disso. E mais? Têm a listagem dos documentos?
BoC: isso depois dizemos....

Olhei para a senhora do banco, com aquele meu ar terno " de quem te vai à tromba não tarda nada" e lá apareceu a listagem.

Ainda no banco, tive de ir trocar HK$ por Yuans.
Tinha de calhar no guichet onde estava a menina estagiária, que escrevia cada letra do meu nome ( completo) com um intervalo de 2 minutos. Primeiro para ler, depois para procurar e no fim para confirmar.
E assim se passa uma manhã de árduo e intenso trabalho. Altamente produtivo.

Depois de almoço, e ainda no restaurante para não perder tempo, reunimos com um fornecedor, para discutir novamente preços. Mas não está fácil.
Aproveitei ainda para fazer uma consulta dos vinhos protugueses que havia no restaurante, muitos deles nem nunca ouvia falar.

Zhuhai Day 5

Fomos visitar o nosso futuro escritório, que apesar de não ser o Ritz Carlton, tem um aspecto simpático, e serve perfeitamente para o que pretendemos de inicio.
Claro que isto, à chinesa, é coisa para demorar uma hora e meia.

Partimos no fim para a CGD. Confesso que tinha alguma curiosidade em conhecer o balcão na China Mainland.
Obviamente, não há vivalma que fale português, e o nosso contacto estava de férias. Tudo a correr pelo melhor...

Para evitar perder mais tempo passámos à pergunta fulcral: Têm banco online?
CGD: Ah e tal não, não temos.
Nós: Porquê? Está para breve?
CGD: Porque não temos indicações da sede. Não, será para breve.
Nós: Muito obrigado pelo vosso tempo, passai bem....

E lá fomos nós à vidinha.

Foi aí que começaram os meu pesadelos.
A Eva, apesar de ser boa rapariga, é menina para ter carta de condução e pior conduzir. Para chinesa não está mal, mas tenho visto a minha vida a passar-me à frente vezes demais...
Quando fomos a Gongbei levar o Dr, ele teve uma pequena amostra do que foi o resto da minha semana, embora eu tenha tido isso com mais intensidade.

Para ter uma ideia, o telefone bloqueia todo e qualquer movimento, pelo que é normal parar o carro no meio da estrada, sem qualquer sinalização para pensar qual o melhor caminho ou apontar o que alguém está a dizer. Qualquer estacionamento, excepto raras excepções quando são de frente, é o suficiente para demorar 5 a 10 minutos.

A tarde foi passada a construir o task plan, algo extremamente motivador, uma vez mais no bar do hotel.

À noite foi a Macau, jantar um chouriço assado, um arroz de marisco, beber umas super bocks e comer azeitonas. Só faltatam os tremoços...
Depois de um passeio nostálgico pelos restaurantes do MGM, uma fotos pelo meio fui às comprar no Wynns. No final fui ao Hotel Sintra, encontrar-me com o Dr e com a Yonnie, recordar os bons velhos tempos. Ai Yonnie, Yonnie.... :)

A pedido de muitas familias fui visitar as casas de banho do hotel, e tenho de confessar, a decoração é modesta, mas são as mais espectaculares em que já estive. O único automatismo que falta é porem-nos a fazer xixi, de resto tem tudo.

O regresso a Zhuhai, uma vez mais antes da meia-noite, foi atribulado. Primeiro tive de comunicar à GALP que não estava disponível para assinar o contracto. Depois tive, uma vez mais, stresses por estar ao telefone na fronteira. Fui interrogado para saber, nome, data de nascimento, porque tinha tantas entradas, o que fazia na china, onde, em que distrito da cidade etc etc etc. Mas o pior foi o resto..... Um beijinho Kika, mesmo na China o povo está contigo!!!!!!!!

Zhuhai Day 4

"Este..." poderá ser "... o primeiro dia do resto da tua vida...." Senão me engano é da autoria do Sérgio Godinho, esse comuna despresável, mas tem a sorte de cantar bem.

Continuamos os planos de estratégia, visitámos o hotel onde será o nosso futuro escritório e regressámos à estratégia.
Infelizmente assistimos à derrota do AC Milan em directo. Beijing nunca trouxe nada de bom, não querem crer em mim!!!!!

Zhuhai Day 3

Sábado...

Um dia mais soft, com alvorada marcada por forma a tomarmos pequeno-almoço às 10h, e o dia seria para debater questões e delinear estratégias.
No final da tarde, uma reunião com o mesmo fornecedor do jantar anterior, e o inicio das negociações com a Eva.

A conversa com o fornecedor deu no mesmo, foi chover no molhado, e acabámos por não chegar a um consenso.
Quanto à rapariga, as coisas foram diferentes. Apesar de ter um master, ter vivido em NewCastle, States e ter viajado pela riviera francesa e pelo Mónaco, conseguimos manter o salário dentro das nossas expectativas.
O inglês é muito bom, com um certo " british accent ", uma cultura muito acima do normal para chinesa e para responder ao que muitos estão perguntar " mesmo sendo china, tem um aspecto gostoso". ( alguém acabou de ter 2 ataques cardíacos hahahaha )

As coisas parecem compor-se!!!!!!!!!! :)

Zhuhai Day 2

epois de uma pequena reunião no bar do hotel, fomos procurar fornecedores. Desta vez ia ser fácil, tínhamos tradutora. Uma pequena nota, confesso que passei mais tempo desta semana no bar do que no meu quarto ( e não foi por estar nos copos....), mas era o local mais fácil para trabalhar.

O primeiro foi logo riscado pela janela do taxi, e passámos ao segundo. Era tipo um broker, que tinha a fábrica para lá do boda, trocámos contacto e fomos à vidinha. Ainda assim, perdemos 45 minutos. Típico... Aqui saliento as casa de banho do piso, capazes de curar a incontinência a qualquer um. Pikaxu, tens aqui uma dica para os teus doentes ;)

Passámos ao seguinte, não sem antes ir a um restaurante de Yunnan, com um comida picantezinha.
Uma vez mais, e note-se com uma chinesa, estivemos 10 minutos - cinco dos quais ao telefone com o dono da fábrica - para descobrir onde aquilo era. O taxista, olhava para nós com aquele ar de " isto é normal, senão é aqui, é ali, havemos de dar com aquilo...."
Depois de descortinar qual era o edifício, lá subimos as escadas ( não têm elevador) para o terceiro ou quarto andar, onde claro está, há uma fábrica. Mesmo com tradutora, estivemos umas 3 horas, para trás e para a frente, e claro uma vez mais a cotação haveria de seguir mais tarde por e-mail.


Em jeito de balanço, só este último parecia interessar, todos os outros eram para riscar. Acabámos por acertar no prognóstico.
Chegava de fornecedores para um só dia, fomos reunir com um departamento do Governo, supostamente pela ideia que me tinham dado, era uma qualquer repartição e o tipo com que nos íamos reunir era o rapazinho que nos ia ajudar a preencher as burocracias. Como não fala inglês, teríamos de levar tradutor, porque não havia ninguém para explicar em inglês.

A tal repartição é um governo, o rapazinho é o maioral daquilo tudo, e até diz umas palavra de inglês ( não estava era para se cansar) e eles têm uma miúdas novinhas com um inglês fantástico e capazes de compreender o que efectivamente quando fazemos uma pergunta. Isto é algo de extremamente raro, embora o Conan seja uma boa ajuda ( pelo menos até agora...)


Lá estivemos nós reunidos com mais 6 chineses, um deles extremamente mal encarado e claro tinha de ser esse que mais tarde ficou nosso "Accounter " e que nos preenche os papeis etc.
Nessa reunião, de uma forma muito chinesa, os tipos começaram por negar todas as ofertas que já nos tinham feito, mas acabámos por reconquista-las. Depois de debatermos tudo novamente, o que em qualquer outro país era visto como ineficácia, ineficiência e um brutal teste à paciência recebemos uns impressos e mandaram-nos à vidinha. Afinal era 6ª feira, e já passava das 18h. O funcionalismo público nunca falha.

No fim disto tudo, ainda fomos jantar com outro fornecedor, através do qual conhecia a Eva, para discutir preços e retribuir o jantar da vez anterior.
Fomos novamente a um restaurante e entre várias coisas pedi aquelas costeletas picantes, começo mesmo a gostar disto, para acompanhar a Tsing Tao. Cometemos um erros terrível, fomos novamente na cantiga do Great Wall, desta vez um Cabernet Sauvignon, de 1998. Curiosamente, o rótulo tinha o patrocínio dos Jogos Olímpicos, podem desde já imaginar o quanto de 1998 tinha aquele vinho. Uma vez mais, saiu-nos um vinho terrível, talvez não tão mau como o anterior, mas....

Depois de muita conversa, não resolvemos nada. O tipo estava a ver os custos de forma muito diferente da nossa, pelos salários que falou deve ter operários com PhD e a fábrica em Xintiandi.

Zhuhai Day 1

A treta do furacão não só me fez esperar aquelas horas todas em Shanghai como alterou toda a minha agenda.
O que era suposto fazer na 4ª feira, e tudo o resto dependia disso, foi passado para 5ª à tarde, mais uma reunião com o Governo.

De manhã, aventurei-me sozinho, e lá fui procurar fornecedores.
Os dados destes fornecedores foram dados pelo Governo, e incluem Nome, morada ( sem numero de porta ou andar), descrição da empresa, e claro sem numero de telefone. Para abrilhantar a coisa, a informação é toda em chinês, o que ajuda imenso. Daqui se conclui, a função pública é igual em todo o lado, não fazem nada e no dia que fazem, é mal feito ou incompleto.

Lá dei com a rua pretendida, mas claro, sem numero de porta não é fácil. Perguntei a um, perguntei a outro, uns diziam para a direita, outros para a esquerda, e a maioria dizia, " Wo tin bu don" ou seja, não sei, não faço ideia.
Depois de 10 minutos à procura - teria demorado o mesmo se fosse com um chinês, porque isto é muito natural - encontrei a porta do prédio e enfiei-me no elevador até ao sétimo piso. O enfiei-me dentro do elevador foi literalmente, pelo aspecto do tecto, não queria ser atingido com nenhum candeeiro ou afins.

Se há coisa que me fascina são fábricas de 15 e 20 andares, onde até no último piso há máquina gigantescas. ( Parece a anedota do brasileiro, que até em cima das palmeiras tinham moinhos...).

Mal cheguei, encontrei duas senhoras numa sala, com aspecto de secretárias, tentei falar em chinês, mas como é hábito, estavam-se marimbando para o meu chinês....
Felizmente uma dessas senhoras era a dona da empresa, e tem um filho a estudar nos States, que por acaso estava de férias na China e tinha regressado nesse dia de uma viagem.
Fui falando com o rapazinho pelo telefone, embora já tivesse explicado à mãe o que queria, ele foi traduzindo e mantivemos uma relação telefónica por 20 minutos.

Voltei a falar só com a mãe, sem tradutor, e uns 10 minutos depois aparece o rapazinho. Meio latagão e obeso para quem tem só 17 anos.
Depois de 4 horas a falar, ver amostras, pedir cotações, rever, voltar a rever, e rever novamente as amostras, lá consegui sair, ficando à espera das devidas cotações.

Estava na hora de ir para a dita reunião com o Governo, desta vez com um tipo novo.
Como nem pequeno-almoço tinha tomado, achei por bem comer qualquer coisinha, não fosse desfalecer a meio. Lembrei-me logo do japonês perto do Foreign Trade, e como tinha levado o cartão nem valia a pena pensar noutra coisa. Afinal aquilo era perto, saboroso, barato e não tinha morrido. Era claramente merecedor de uma segunda visita.

Depois de enfardar, quase sem mastigar, 8 ou 9 pedaços de sushi, lá fui para a reunião, debaixo de um calor insuportável. Eu bem tento comprovar a teoria do meu avô, que usando um blaser não se torna tão quente, mas até agora tem saído sempre furado. Devo andar a escolher os blasers errados....

No fim de toda a correria para chegar a horas, e cheguei, tive de esperar cerca de 20 minutos, numa sala cujo o ar condicionado só é ligado quando entro. Felizmente que fui brindado com um copo de água a ferver, que isso sim refresca. Se em vez de água a ferver, note-se que não é chá, servissem umas cervejinhas bem geladas, não só aliciavam muito mais os investidores, como ainda se tornava mais fácil impor condições. Estes rapazinhos têm tanto a aprender....


A reunião até correu bem, claro que foi tudo contradito na seguinte, mas nada de novo.... No fim, e como tinha de ir a Gongbei para me encontrar com o Dr. JT, achei por bem não ir à aventura para mais um fornecedor. Regressei ao hotel que havia ( e ainda há) muita coisa a fazer.


Ao final da tarde, lá fui para Gongbei, onde encontrei o Dr, e fomos tentar recrutar um tradutor e alguém para trabalhar connosco.
Por indicação do Lit Choon, fomos aos DVDs onde estaria um bom alvo. Depois de muito negociar, e com algumas deixas pelo meio, reparámos que ele não estava muito interessado em deixar a venda de DVDs piratas e que passar para o lado da legalidade, está longe de acontecer. A única coisa que dizia era " O balato saí caro" e " O que é bom custa dinheilo,,,, " sempre que comparávamos os preços com os de Shanghai. Ainda assim comprei 3 DVDs da Diana Krall, parece que mais alguém teve essa ideia, principalmente agora que não posso ir ao concerto em Lx. ( Por falar nisso, vendem-se 2 bilhetes!!! Há interessados???)

Depois de deixar as coisas no hotel, de uma cerveja para descontrair, fomos jantar.
Como ainda não estou muito familiarizado com a cidade, perguntámos no hotel um bom local para jantar. Veio logo o artista da recepção que está sempre a tentar impingir putinhas, dizerque conhecia um muito bom de marisco.
" Eh pah, não queremos marisco, queremos aquela rua que é só restaurantes...." ao que ele responde " Pois, mas aquele é muito bom". Lá fomos parar à rua dos restaurantes, mas por indicação dele parámos mesmo à frente do tal restaurante. Fomos caminhando, para cima, para baixo, até que nos apareceu um restaurante com grelhados, e comida indiana e arriscámos.

Os bifes até estavam bons, mas o vinho.... De facto, Great Wall, por muitas voltas, que se dê não é de todo bebível. Percebo agora a moda da Sprite e da 7up!!!!

Mal chegámos ao hotel, lá estava o artista à nossa espera. Confesso que pensei que ele ia novamente oferecer putinhas, mas lá viu o Dr. JT e absteve-se ( já eu, devo ter cara de putanheiro....). Perguntou se tinhamos ido ao restaurante, dissemos que não, ao que ele pergunta quase tão rápido a qual fomos, como pega no telefone para ligar para o restaurante. Este rapaz vai chegar longe, distribui jogo em várias frentes, e recebe comissão em todas :)

Viagem para Zhuhai

O que parecia ser mais uma viagem banal, acabou por não o ser....

Saí de casa do Gago, com o caixão ambulante, leia-se mala de viagem, e lá fui eu, às 8h50m tentar encontrar um táxi.
claramente não é uma tarefa fácil, especialmente com o tempo incerto, ora faz sol ora chove torrencialmente. Lá caminhei uns 200 metros e vi um táxi a 50 metros. Nada melhor que uma grande mala para fazer um táxi esperar por nós, pensão logo em Pudong Aiport, ou seja 150 bimbys.

Estava eu a aproximar-me, uma chinesa que me tinha visto a chamar o táxi aproxima-se para o tentar agarrar. Comecei a gritar "ah ah ah ah" ela olhou e fez que não percebeu, e vai para entrar, repeti e ela então percebeu que naquele instante estava a habilitar-se a levar um malho, e pediu desculpa e desistiu. Mais uma vez prova que os chineses são mal intencionados. Eles sabem que estão a fazer algo de mal, não é por serem ingénuos ou distraidos que o fazem. E quando chamamos à atenção, mesmo que em português, eles sabem perfeitamente os motivos pelos quais o estamos a fazer.

Malinha no carro, instalado, instruções dadas e reparo na licença do taxista. Quatro estrelas!!!!!
É a primeira vez, em quase um ano, que vejo um. Voltei a ter esperança de encontrar um cinco estrelas, um lince da Malcata e um chinês sério e trabalhador.


Chegado ao aeroporto, terminal certo, 2 horas de avanço, tudo a correr pelo melhor.
Ao fim de 20 minutos de espera, lá consegui fazer o check-in, e quando está tudo tratado, o tipo pergunta-me se percebo chinês. Disse-lhe que sim e pensei, como lhe disse 2 ou 3 coisas em chinês, o gajo deve pensar que sou barra nisto. Nesse mesmo instante começa a discursar. Numa situação normal, tinha olhado para ele ria-me dizia-lhe " yah, yah, pois e o caraças, vai lá à tua vidinha e não me chateies". Mas comecei a tentar perceber o que ele estava a dizer. Primeiro pensei que ele estava a dizer que tinha de fazer um segundo check-in num balcão ao lado, mas depois percebi.

Ainda assim pensei, nahh, não percebi mal com certeza, e pedi ao colega do lado para me dizer em inglês. Afinal eu estava certo....

Devido a um tufão em Macau e Zhuhai, o voo tinha sido cancelado, mas estava um autocarro à porta do aeroporto para nos levar para um hotel. Isto claramente não é bom, dizerem-nos que temos de ir para um hotel, por causa de um atraso do vôo, em chinês quer dizer qualquer coisa como só vão voar daqui a 1 ou 2 dias.

O hotel, 100% chinês, de certa forma manhoso, fica em nenhures, numa daquelas terrinhas periféricas a Pudong, onde nunca passou Cristo. Só para dar uma ideia, a cor exterior é rosa choque.
Como havia mais um não-amarelo, ficámos juntos no mesmo quarto. Um tipo de certa forma simpático, a fazer lembrar o Avô Cantigas e com isso o Vital Moreira, o que logo à partida não é bom. Fomos conversando, inclusivamente durante o almoço numa daquelas mesas redondas ( bem manhosas) com mais 10 chineses, a depenicar umas tretas que nos iam trazendo para comer.

Às 4h30, depois de quase 7 horas naquele hotel fantástico, lá fomos nós para o aeroporto...

Assegurámos onde era a porta de embarque, fomos lá confirmar ( na China nunca se sabe...) e depois de nos oferecerem uma refeição chinesa, manhosa acompanhada de pepsi, partimos em busca de comida.
Por comida entenda-se algo que não seja chinês, nem que seja um Mc, um cachorro ( ai o que eu tinha dado por um cachorro) ou outra porcaria qualquer. No fim de 30 minutos a caminhar, e de algumas tentativas frustadas , voltámos à base.

A viagem até não correu mal de todo, apesar de ter demorado 3 horas em vez de 2 horas e de uma dessas horas ter sido no programa de centrifugação de roupa, felizmente a baixa velocidade, aterrámos finalmente em Zhuhai, com mais uns balanços na pista.

Punha-se uma questão, como mudámos de avião, de voo ( até de bilhete) será que as nossas malas também tinham chegado a Zhuhai?

Sai uma mala, e nada. Saíem duas malas e nada. Saíem 10 malas e nada. Saíem 20 malas e nada. Saíem 30, 40 e nada....

... Finalmente aparece a minha mala, capaz de levar 10 Maddies :)

Estava na hora de apanhar boleia para o centro de Zhuhai.

Depois de ter atravessado o que poderia ser facilmente confundido com um riacho, mas não passada do parque de estacionamento do aeroporto, lá entramos para o carro e posso garantir que não havia um único bocadinho do meu corpo que tenha escapado à chuva. Claro que o Noé, diria " Chuvinha de merda, é o que é, quase que nem dá para molhar...."

Uma hora depois, sempre a uma velocidade de 60 km/h lá cheguei ao hotel, despedi-me da minha boleia, fiz o check-in e fui jantar, era meia-noite e estava morto. Que dia....


P.S: Desde o check-in até entrar no quarto fui acompanhado por um tipo da recepção, além do bagageiro, a perguntar se eu vinha para trabalho, ou para diversão. E se não queria divertir-me, porque ele conhecia umas raparigas altas e muito giras. Além disso só custavam 300 RMB.... Disse-lhe que 300 RMB era muito caro e fechei-lhe a porta na fronha, pela 2ª vez.