Já há coisas com que consigo conviver, as unhacas ( por norma no dedo mindinho e no polegar), os homens, de forma generalizada, em tronco nu na rua e a cuspirem constantemente para o chão, os odores pouco agradáveis que se sentem em todo o lado, sejam por falta de banho ou por estarem a queimar incenso...
O facto de se viver com isto, de forma mais ou menos pacífica, não quer dizer que se aceite e pratique, mas é a única forma de sobreviver 8 meses.
Mas para esta aculturação tem sido imprescindível a comunidade internacional de Shaoxing. Em particular os da América do Sul, que estão sempre presentes, e com quem posso falar ora português ( abrasileirado, mas português) e espanhol ( aportuguesado, o dito portunhol-espanholês).
Em breve, dentro de um dia e meio, chegam os primeiros portugueses a Shaoxing.
Não, não são nenhuns dos 87047372375 que disseram que vinham e nem viagem têm marcada, é mesmo o meu Boss e a Yonnie. Apesar de ter nascido chinesa, considero-a (desde que cheguei à chinesa) portuguesa, porque à excepção das feições não tem semelhanças possíveis com esta gente.
Vão ser cerca de 15 dias de muito trabalho, sem fins-de-semana, sem Shanghai mas pelo menos são portugueses, e podemos-nos entender.
A convivência com estrangeiros tem de facto aumentado bastante, ontem conheci mais um indiano ( não é difícil na cidade que tem tantos) e mais um brasileiro e hoje um alemão que trabalha na Mercedes ( pelo menos tinha a fatiota completa).
Hoje a internacionalização continuou num jantar oferecido por parte da comunidade turca, e na qual tive o privilegio de ser um dos 3 não turcos ( os outros foram arrastados por mim....). No final juntou-se ainda uma americana, professora de inglês que é casada com um dos turcos.
As coisas vão melhorando, mas à chinesa, com muita calma....
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