terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Frio, Feio e comuna....

É esta a melhor descrição que encontro para descrever Beijing. Só coisas boas...
Beijing é uma cidade gigante, com ruas grandes e imponentes, como qualquer capital do bastião comuna, onde fábricas figuram no meio da cidade. 
Infelizmente também não conheci muito bem esta cidade, fiquei na zona central, Praça de tiã nã men, Cidade Proibida, bairrozinhos manhosos ali nos arredores e claro sedas e pérolas. Pérolas então, tirei um Pós-PhD. 




A muralha 

Ora sendo três, a hipótese de carro com motorista é mais plausível, embora custe 10x mais que as excursões turísticas a tudo quanto é loja e fábrica, e que no meio lá têm tempo de parrar 30 minutos para ver um troço da muralha.
Assim, em vez de sairmos à 8h da manhã, deixámos o hotel às 10h30 e fomos a uma parte da muralha mais longe de Beijing, mas não tão turística e com muralha a perder de vista. Pelo caminho ainda passámos por cascatas e represas congeladas, sempre com uma paisagem agradável. Evitamos os restaurantes e as lojas e fábricas todas, até mesmo as dos primos e amigos do nosso motorista que bem insistiu connosco. 

Chegados á muralha, tinhamos de fazer opções importantes, ou subíamos a pé, ou de teleférico. Eu por mim ia a pé, estava já a ter um déjà vu de Xi'an, mas os meus pais não quiseram e lá fomos de teleférico. Pior ainda, não quiseram depois descer no escorrega, voltando novamente no teleférico. Isto assim não é turismo....

Do parque de estacionamento à entrada no teleférico somos assediados, com todo o tipo de tretas, até guerreiros de terracota. Obviamente, por razões logísticas, deixámos as compras para o regresso.





Aqui posso dizer-vos que é a terceira coisa com que fiquei agradavelmente surpreendido na China. Depois de ver toda a incompetência e apesar disso alcançar os resultados económicos que sabemos, é algo que me deixa perplexo. Depois de ver as capacidades logísticas deles, só mesmo a muralha consegue impressionar-me. Claro que foi feita com milhares de escravos e custou a vida de muitos, mas também as outras obras eram, e esta é verdadeiramente imponente. Talvez o túmulo do imperador em Xi'an me tenha impressionado na altura, mas mais pela sua dimensão do que propriamente pela obra em si, com guerreiros incluídos. 

Claro que por mais remoto que seja o lugar, se houver a possibilidade de um estrangeiro se perder por lá, estarão por certo montadas bancas de venda para o receber. Desde a mapas, a livros, passando por pandas de peluche até chegarmos aos guerreiros de terracota, há tudo para venda. 
Alguém teve a feliz ideia de comprar uns panda-mochila para oferecer às filhas de não sei quem, e claro tive eu de ir negociar. No fim deste serviço prestado à humanidade ainda ficaram chateados comigo porque não comprei o modelo XPTO, que era não sei o quê... Isto claro, porque queriam mais 5 bimbys, e como sabem, não se podemos vacilar na negociação com chineses. 







Nessa noite fomos encontrarmos com alguns tugas de Beijing. Bem, na altura só conhecia a Teresa, os outros iam por arrasto ao Pato à Pequim.
Segundo um qualquer guia a nossa pequinesa consultou, é um dos melhores e mais famosos patos de Pequim. O problema é chegar lá...
A rua onde fica o restaurante, está cortada no inicio, e supostamente os táxis não podem passar. Claro que aparecem logo uns quantos chineses simpáticos, com umas bicicletas, que mediante um pagamento de 50 Bimbys se voluntariam para nos conduzir ao restaurante. A justificação é que são ruas pequeninas, muito confusas etc...
Como precisavamos de 2 bicicletas, lá negociei o preço, para 10 bimbys. A meio da viagem, entre ruelas e mais ruelas, o amável chinês que conduzia os meus pais,  vira-se para mim e diz-me que o preço acordado é por cada bicicleta, e não no total como acordado. Claro saltei da bicicleta em andamento, fui direito a ele... Disse aos meus pais para saírem da bicicleta e continuamos a pé, sem saber muito bem para onde. 10 metros depois 
estávamos de novo nas bicicletas, pelo preço previamente estabelecido. Lá chegámos ao restaurante...

Na entrada, estava o forno e a cozinha, dando logo vontade de ir ao McDonald's mais próximo, aquilo tinha um aspecto bem manhoso...
Depois de um pequeno compasso de espera, enquanto não chegavam os restantes, fomos para a nossa salinha reservada, e começámos a jantar. 
Não era bem o pato à pequim que tinha comido em Shaoxing, mas estava bem gostoso!!!!



No fim da refeição fomos, a conselho da anfitriã, visitar a casa de banho, onde pudemos  admirar este bonito espectáculo...





À saída da casa de banho, ainda nos colámos à mesa dum casal cino-canadianos, bem gira a rapariga, para provar a tal sopa de ossos de pato. Boa por acaso...


Quando saímos do restaurante, andámos 100 metros, numa rua bem larga e chegámos ao local onde o táxi parou. Pergunto-me quem terá cortado a entrada da estrada???? 

Uma nota interessante sobre esta noite, estava um calor bem gostoso, especialmente para andar a passear de bicicleta. Qualquer coisa como -15ºC, sim menos....




Olimpicos


Uma vez mais os chineses fazem algo para as aparências...
Tudo aquilo que parecia fantástico na tv, o ninho de pássado, o cubo d'água etc... não tem qualquer imponência ao vivo. Aliás, à medida que nos aproximamos, a beleza desce a uma velocidade vertiginosa. 
Mais uma desilusão, entre tantas outras neste país.



Jantar Tuga

Nada melhor que um restaurante português, e como tal fomos ao Nuvem...
Em Portugal, se me dissessem que eu ia a um restaurante chamado nuvem, conseguem imaginar a resposta, não conseguem???

Foi uma agradável surpresa, apesar de colocarem hortelã na sopa ( Deus os perdoem, que eu não consigo...), e de um arroz de pato mama huhu, surpreenderam-nos com um belos enchidos e uma ensopado de cabrito fenomenal. Infelizmente os chineses ainda só estão habituados a comer tretas e ainda não descobriram estas iguarias, pelo que o restaurante estava vazio. 

Além da comida fantástica, o restaurante fica num lago bem interessante, onde podemos fazer patinagem no gelo. Pena foi estar um frio desgraçado, e não aguentarmos estar na rua.



Pérolas e sedas


Joder, me ay aburrido de puta madre...
Há coisas que não podemos dizer em Português, já dizia o grande Saraiva Alves!



Conclusão


Uma treta, a voltar só mesmo pelo bairro das artes, que à conta de pérolas e merdices afins não fui ver.
Também não visitei o túmulo do grande líder Mau Tizé Chunga, era só mesmo para confirmar!!!
Voltar para Shanghai, yupi!!!!!!!!!


Os nomes estão escritos de forma diferente para evitar que me bloqueiem o acesso na China.

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